25 outubro 2006
Nova Lei dos Tribunais Militares de Bush é ameaça à Liberdade!
Depois do vergonhoso Patriot Act (Acto Patriótico), que violou direitos constitucionais dos cidadãos do seu próprio país, permitindo o acesso, por exemplo, à sua ficha de leitura da biblioteca, Bush ataca agora os direitos humanos dos cidadãos dos países onde decorrem as suas agressões militares.
Com esta nova lei, o líder da maior máquina de guerra do mundo legaliza, perante os seus tribunais, o interrogatório «musculado», sem direito à presença de advogado, sendo isto válido para cidadãos e não-cidadãos dos EUA,quer se encontrem em zonas de conflito ou não. E esses cidadãos, se forem detidos pelas forças norte-americanas, poderão ficar em prisões secretas da CIA espalhadas pelo mundo. Como eles dizem, «all legit'», ou seja, tudo legal!
Mais um passo em direcção ao abismo!
Numa das reacções que encontrei na «blogosfera», a vontade de mostrar indignação passou para actos concretos. A Encandescente, do blog Eroticidades, está a enviar semanalmente para a Casa Branca, e desde a invasão do Iraque, um email de "protesto". Agora, o texto da missiva aumentou e passou a ter um estilo mais rap.
Aqui vai a notícia completa da Euronews em 18/10/2006:
«Bush aprova lei que permite julgar suspeitos de terrorismo em tribunais militares
George W. Bush assinou ontem uma lei que promete fazer correr muita tinta. A nova Military Commissions Act, ou lei dos tribunais militares, legitima os interrogatórios musculados e permite julgar suspeitos de terrorismo em tribunais militares.
"São raras as ocasiões em que um Presidente pode assinar uma lei que sabe que vai salvar vidas americanas. Tive agora esse privilégio. A Lei dos Tribunais Militares de 2006 é uma das mais importantes peças legislativas na guerra contra o terror", anunciava Bush após a promulgação da lei.
O diploma agora assinado autoriza os interrogatórios na ausência de advogados, permitindo um amplo leque de procedimentos e legitimando as prisões secretas da CIA, ao mesmo tempo que recusa aos detidos o direito de contestarem as condições de detenção.
E. Vincent Warren é Director-Executivo do Centro para os Direitos Constitucionais.
"Esta lei deixa na mão do presidente, unicamente, a possibilidade de determinar quem é e quem não é um combatente inimigo, mesmo que se tratem de cidadãos americanos. A lei também permite que os não-cidadãos seja detidos por tempo indeterminado e onde quer que apareçam, estejam ou não no campo de batalha", considera Warren.
A lei está a ser contestada nos tribunais e motivou críticas de inconstitucionalidade por parte dos representantes Democratas.
Durante a assinatura do diploma, cerca de duzentos manifestantes em representação de grupos religiosos protestaram contra a lei diante da Casa Branca.
No protesto, foram detidas quinze pessoas.»
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2 comentários:
"Mais um passo em direcção ao abismo!"
curioso como abismo rima com fascismo...
Palavras para quê, é mais uma à génio Bush e companheiros. Às vezes interrogo-me relativamente à capacidade intelectual de americanos que apoiam este tipo de medida e que estão contentíssimos com o seu presidente. Tenho uma colega que é dos EUA e que está sempre a atirar disparates do tipo: "Os outros não têm nada a ver com os nossos problemas, nós, americanos, é que estamos a sofrer com o terrorismo, logo, nós é que temos que tomar medidas para nos defender!". E giro giro é ver os palhacitos à volta a dizer que sim com a cabeça e a fazerem aquela carinha tão comovente de: "Entendo como te sentes! Snif...".
Bom, de qualquer forma, queria dizer que gostei mt do blog, tá porreiro, eu sou comunista e curto ver que há gente com neurónios a funcionar. Parabéns, camarada :)
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