01 abril 2006

Três milhões nas ruas de França

manif 28 março

«La manif est fini, le governement aussi!»



Mobilização histórica em França
Mais de três milhões nas ruas

O movimento social contra o contrato de primeiro emprego atingiu, na terça-feira, 28, um novo patamar histórico com participação de mais de três milhões de pessoas nas manifestações em toda a França e a realização de milhares de greves e paragens de trabalho nos sectores público e privado.



Em Paris, na maior das 135 manifestações realizadas por todo o país, um mar de gente partiu da Praça de Itália, no sul da cidade, exigindo a retirada da lei (CPE) que sujeita os jovens a um período experimental de trabalho de dois anos, durante os quais podem ser despedidos sem justa causa.

A contestação à lei, elaborada e aprovada pelo governo de direita sem consulta aos sindicatos, ampliou-se nas últimas semanas, atingindo significativa expressão no passado dia 18, quando, segundo cálculos dos sindicatos e associações de estudantes, mais de um milhão e meio de franceses integraram os desfiles realizados nas principais cidades.

«Hoje somos mais de três milhões nas ruas, é um número histórico. É impensável que o governo permaneça fechado na sua posição», declarou, na passada terça-feira, o secretário-geral da CGT, Bernard Thibault, para quem «a única saída é a retirada desta reforma».

À semelhança da manifestação parisiense, que terá juntado para cima de 700 mil pessoas, em dezenas de outras cidades o número de manifestantes praticamente duplicou em relação à jornada de dia 18.

Pela manhã, perto de 250 mil pessoas manifestaram-se em Marselha; 100 mil em Bordéus; 15 mil em Estrasburgo; 60 mil em Grenoble; 35 mil em Limoges; 40 mil em Lyon; 60 mil em Nantes; 40 mil em Pau; 13 mil em Rennes; 40 mil em Rouen; 59 mil em Toulouse; 10 mil Tours, entre muitas outras cidades.

Milhares foram igualmente os pré-avisos de greve entregues tanto no sector público como no privado. Os efeitos das paralisações foram particularmente notados nos caminhos de ferro, nos transportes aéreos, bem como nos transportes públicos que foram seriamente afectados em mais de 70 cidades.

Outro sector praticamente paralisado foi a educação, onde estudantes e professores fizeram greve pela mesma causa. Função pública, correios, electricidade e gás, comunicações, bancos, metalurgia – a contestação ao CPE atingiu os próprios
jornais nacionais que estiveram ausentes nas bancas.



Revolta das escolas

Na segunda-feira, 27, a União dos Estudantes de França (UNEF) anunciava que 69 das 84 universidades estavam em greve. Por seu turno, no secundário, a federação Independente e Democrática dos Liceus (FIDL) dava conta do encerramento total ou parcial de cerca de um milhar de estabelecimentos num total de 4300 escolas.
Segundo o presidente da União Nacional dos Liceus, Karl Stoeckel, «os estudantes estão determinados, querem a retirada pura e simples do CPE e todas as organizações estão unidas sobre este ponto».

No sábado anterior, as três principais organizações estudantis tinham reafirmado essa total convergência de pontos de vista ao declinarem o convite do primeiro-ministro para um encontro negocial.

Governo dividido

Enquanto o combate prosseguia nas ruas, o primeiro-ministro francês, Dominique Villepin, acusava os sindicatos de recusarem a «mão estendida», aludindo ao encontro lhes propusera para ontem, quarta-feira, e que as cinco confederações rejeitaram em bloco.

Intervindo na assembleia Nacional, Villepin precisou que a sua «oferta» se resume a dois pontos: reduzir a duração do período de experiência, fixado na lei em dois anos, e introduzir a obrigatoriedade de uma entrevista entre empregador e trabalhador no momento da ruptura do contrato.

Com esta explicação, Villepin deixou claro que não pretende ceder nos aspectos mais polémicos da lei, designadamente, no despedimento sem justa causa.
Demarcando-se da inflexibilidade do chefe do governo, Nicolas Sarkozy, ministro do Interior e presidente da UMP (União para um Movimento Popular), partido da coligação governamental, avançou com a proposta de suspender a aplicação do CPE durante as negociações com os parceiros sociais.

Para os deputados da UMP, o governo deveria chegar a acordo com os sindicatos antes de o presidente Jaccques Chirac promulgar a lei, o que deverá acontecer no prazo de quinze dias.

Para ontem, a frente intersindical tinha marcada uma reunião para fazer o balanço da jornada de terça-feira e decidir novas acções e formas de luta. O conflito promete continuar a agudizar-se."

«Avante!» de 30.03.2006

1 comentário:

Biranta disse...

Peço licença para divulgar isto:
As televisões portuguesas (e os outros órgãos de comunicação social) têm vindo a censurar documentários e entrevistas passados na CNN e na Fox News. Porque é que as estações nacionais escondem aquilo que os cidadãos americanos têm vindo a saber?
Por isso, para furar este cerco de censura, absurdo, deixo-vos com este artigo, publicado em:
http://sociocracia.blogspot.com ou em:
http://paramimtantofaz.blogspot.com/ e em:
http://wwweditorial.blogspot.com/

(se outros houver outras reproduções, solicito que me informem)

Que confiança podemos ter nas "nossas" notícias, quando nos ocultam factos destes? Que crédito nos podem merecer os nossos meios de comunicação?
Ajudem a furar este cerco censório, que faz de nós um país atrasado, um país do terceiro mundo, sujeito a uma ditadura absurda, controlada por Washington... mais até do que a própria América, divulguem esta mensagem, por favor!

Na semana passada, o actor norte-americano Charlie Sheen (do filme Platoon – Os Bravos do Pelotão, Wall Street) colocou a carreira em risco ao dar duas entrevistas ao activista Alex Jones, nas quais pôs em causa a versão oficial dos atentados de 11 de Setembro de 2001.

Foi desta forma que ele se juntou a um grupo de centenas de personalidades que, nos últimos quatro anos e meio, têm vindo a público afirmar que a versão oficial não só é implausível como impossível, chegando a violar as próprias Leis da Física.

Este grupo inclui Andreas Von Bülow, antigo ministro da Defesa e da Tecnologia da Alemanha e ex-director dos Serviços Secretos Alemães;

Michael Meacher, ex-ministro do Ambiente do governo britânico de Tony Blair;

Ray McGovern, antigo conselheiro presidencial e ex-analista da CIA;

Paul Craig Roberts, Secretário do Tesouro durante o mandato do ex-presidente norte-americano Ronald Reagan e pai da sua política económica;

Robert Bowman, antigo director do Programa de Defesa Espacial Star Wars e ex-coronel da Força Aérea dos EUA;

Steven Jones, Professor de Física da Universidade de Brigham;

David Shayler, ex-oficial do MI5, os serviços secretos britânicos;

Morgan Reynolds, Professor catedrático da Universidade A&M do Texas que integrou o governo do actual presidente norte-americano George W. Bush durante o seu primeiro mandato, e muitos, muitos outros.

No entanto Charlie Sheen fez na semana passada o que ilustres investigadores, professores catedráticos e ex-ministros não conseguiram durante quase cinco anos: furar a censura e conseguir algum tempo de antena num programa da CNN, que transmitiu as suas declarações e expôs milhões de pessoas a factos sobre o 11 de Setembro que têm sido permanentemente ocultados.

Para ler mais e aceder aos links consultar um dos blogues referidos