21 fevereiro 2007

Museu Salazar nem pensar!

Salazar, assassino


O(A) Camarada GR, companheiro de luta do Abruzolhos, enviou um comentário com um convite, que acho ser de divulgar por todos e especialmente àqueles que sentem Abril como o Vento que trouxe a esperança a Portugal.

Porque não podemos aceitar que se construa um monumento a um criminoso, assassino e inimigo de toda e qualquer espécie de liberdade.

Salazar foi, é e será sempre um ser desprezível, um símbolo de ódio e mesquinhez, de sórdida índole e maquiavélica habilidade.

Não há já necessidade de provar mais nada, a História do século XX português tem 40 anos de regime fascista, de colaboração com os nazi-fascistas alemães e Hitler, com os fascistas italianos e Mussolini, com os fascistas espanhóis e Franco.

Tem na sua «bolsa» milhares de mortos - não são dezenas como dizem alguns «advogados do diabo» que querem aligeirar uma ditadura hedionda -, desde comunistas e outros combatentes pela liberdade de várias nacionalidades (portugueses, angolanos, moçambicanos, guineenses, etc.) mortos na luta antifascista em Portugal, até todos os soldados e civis de todas as partes participantes nas guerras de libertação das colónias portuguesas - o nosso pequeno Vietname. Nós também temos um muro com milhares de nomes de mortos «ao serviço da pátria».

Muitas outras pessoas morriam simplesmente por falta de meios de subsistência, má-nutrição e fome.

Salazar conduzia um governo da Idade Média, onde a manutenção da pobreza geral ajudava no controlo do poder, onde a intelectualidade vivia no obscurantismo opressor da Censura e cativeira do poder da Igreja, onde os grandes capitalistas e monopólios nacionais detinham refém a economia do país. Fado, Futebol e Fátima eram os pilares da cultura e os instrumentos da manipulação das consciências. A nossa versão do pão e circo romanos.

Analfabetismo, doença, miséria social. Marcas características do regime. Pela Europa circulavam notícias e reportagens sobre Portugal dignas das piores que nos habituámos a ver nos dias de hoje em países do Terceiro Mundo. Eis a marca de Salazar na História.

Segue então o convite da GR:

Abruzolhos,
Permite-me enviar este convite a todos os democratas a todos que lutam e Defendem Abril!


SESSÃO PÚBLICA DE AFIRMAÇÃO DOS IDEAIS ANTIFASFISTAS
3 DE MARÇO DE 2007 (SÁBADO)
no AUDITÓRIO MUNICIPAL (antiga sede dos Bombeiros)
em Santa Comba Dão
com a presença de Aurélio Santos
Coordenador do Conselho Directivo da URAP

URAP
União de Resistentes Antifascistas Portugueses
Núcleo: Viseu
Santa Comba Dão

A razão desta Sessão

A Câmara Municipal de Santa Comba Dão quer concretizar um Museu Salazar.
Trata-se de criar uma organização centrada na propaganda da ditadura corporativo-fascista, em conflito com a Constituição da República e afrontando todos os portugueses que se identificam com a democracia e o acto fundador do 25 de Abril.
Realizamos esta Sessão Pública porque é preciso, imperioso e urgente afirmar os ideais antifascistas em Santa Comba Dão e em todo o país, e travar mais esta tentativa de branqueamento do fascismo e de degradação do regime democrático.

Vamos todos no dia 3 de Março,a Santa Comba, demonstrar a nossa Solidariedade!

GR

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