20 janeiro 2005

Novas armas químicas "Made in USA"

novas armas químicas desenvolvidas nos EUA implicam reacção frontal de contestação

Um laboratório da Força Aérea Norte-americana propôs nos anos 1990 a criação de um agente químico capaz de estimular comportamentos homossexuais entre as forças inimigas para as enfraquecer, ideia rapidamente rejeitada pelo Pentágono, segundo um responsável da Defesa.

O porta-voz do departamento da Defesa, o tenente-coronel Barry Venable, afirmou não ter sido dado seguimento à proposta "apresentada durante uma sessão de discussão" no laboratório da base Wright Patterson, da Força Aérea Norte-americana, no Ohio, uma das mais importantes da aviação dos Estados Unidos.

A declaração do oficial norte-americano acontece após a divulgação de um relatório do laboratório, a que a organização The Sunshine Project teve acesso, através da Freedom of Information Act, uma organização que luta pela transparência dos programas de armas químicas e biológicas.

Este relatório sugere o desenvolvimento "de produtos químicos que afectam o comportamento humano de tal maneira que a disciplina e a moral das unidades inimigas seriam afectadas".

O mesmo relatório cita o caso de um produto químico "particularmente desagradável, mas não mortal, que se trata de um poderoso afrodisíaco que poderia desencadear um comportamento homossexual", susceptível de enfraquecer as forças inimigas.

O laboratório da Força Aérea Norte-americana sugeriu igualmente a possibilidade de pulverizar as posições inimigas com produtos químicos com propriedades de atrair insectos como abelhas, roedores ou ainda animais de grande porte.

Segundo o The Sunshine Project, o relatório não foi descartado, como afirma o Pentágono, e esteve mesmo em estudo em 2000 e 2001.

"As declarações são falsas. A proposta feita pelo laboratório não foi rejeitada. Foi alvo de estudos complementares", afirmou o The Sunshine Project.


fonte: Agência LUSA
2005-01-18 03:55:00

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