Ah, os americanos isto, os americanos aquilo...
Quando generalizamos desta forma o povo americano, esquecemo-nos do mais importante: somos todos diferentes, e o povo americano é feito de toda a diversidade de pessoas, ideias e culturas que vindos de todo o mundo, desembocaram nos Estados Unidos, tal como no Brasil e outros países do continente americano.
Podemos sem dúvida apontar enormes falhas e defeitos a este país, mas não podemos esquecer que ainda há poucos dias comemorámos o Dia Internacional da Mulher, dia marcado no calendário por causa da luta operária pelos direitos laborais de mais de uma centena de mulheres de Nova Iorque que nessa luta perderam a vida. Não podemos também esquecer que a República Americana constituiu um farol revolucionário para a libertação da Europa das mãos das decadentes monarquias que governavam nos séculos XVIII e XIX, bem como não podemos esquecer que ainda hoje, dentro dos EUA, muitos intelectuais e movimentos políticos travam a maior e mais difícil luta contra o capitalismo que se pode travar, dentro das fronteiras do maior país capitalista do mundo. O simples facto de combater o capitalismo naquele país pode ser considerado «ameaça terrorista» pela nova lei do Sr. Bush, o tal Patriot Act (que foi aprovada no Congresso dos EUA apenas 3 horas depois de ser fotocopiada e distribuída, sendo um documento de várias centenas de páginas...).
É por isto tudo que não podemos nunca generalizar e dizer "os americanos isto ou aquilo", porque também nos EUA existe resistência ao imperialismo e ao capitalismo global e a solidariedade com essa luta é fundamental. (veja o site da Liga da Juventude Comunista dos EUA)
Um dos melhores exemplos que nos últimos tempos apareceram desta diversidade e combatividade política, é o «artista electrónico» RX, que dedicou milhares de horas a recortar pedacinhos de discursos de George Bush e a montá-los todos juntos num fundo musical, contruindo uma sátira musical que merece atenção especial e que, para além de divertida, é uma das mais brilhantes críticas que já vi (ouvi) serem feitas ao Presidente e ao sistema político norte-americano.
É delicioso ouvir George Bush «cantar» Imagine, ou Sunday Bloody Sunday, para além de outros grades clássicos da musica contemporânea!
O álbum está totalmente disponível para download em www.thepartyparty.com
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