20 janeiro 2005

100 anos de Relatividade

Figura de acção Albert Einstein

"Celebra-se este ano o centenário das duas primeiras contibuições extraordinárias de Albert Einstein: a explicação do efeito fotoeléctrico; e a proposta da teoria da relatividade restrita (que antecedeu por uma década a sua teoria da relatividade geral).

A primeira estabeleceu que a luz pode ter uma natureza corpuscular (para além da ondulatória fundamentada pela física clássica), e está na base da produção de electricidade a partir de metais sensíveis à luz. Esta interpretação, associada à definição de “quanto” (parcela individual de energia) proposta por Max Planck em 1900, produziu a relação de Planck-Einstein, E=hν (E, energia; h, constante de Planck; ν , frequência da radiação) e marcou o início da mecânica quântica.

A segunda introduziu o conceito de espaço-tempo, no qual o tempo não é absoluto mas depende do espaço, e estabeleceu a velocidade da luz como a velocidade máxima atingível por qualquer objecto. Forneceu-nos também a equação mais conhecida em Ciência, E=mc2.

O maior problema desta teoria da relatividade restrita (muito exacta para objectos com velocidades próximas da da luz) consistia na sua incompatibilidade com as leis gravitacionais de Newton, tão precisas na descrição do comportamento de planetas (a velocidades muito inferiores a da luz).

Einstein demorou 10 anos a encontrar a solução para este problema: a descoberta que o espaço-tempo nao é plano, mas curvo. A presença de um corpo com massa altera o espaço-tempo, de tal modo que os raios de luz que atravessam o corpo se ‘dobram’.

Estas considerações, substanciadas por um formalismo matemático notável, permitiram a Einstein prever com sucesso as órbitas dos planetas do sistema solar (até melhor do que Newton, para o caso de Mercúrio), dando corpo à teoria da relatividade geral."

(agradecemos à fonte: Bruno Silva-Santos, Conta Natura)

Ultimamente, muitas têm sido as iniciativas da comunidade científica (e não só) com o objectivo de celebrar esse marco civilizacional, bem como de aprofundar o estudo e conhecimento da humanidade no campo da física quântica, para o qual a Teoria da Relatividade é fundamental.

Destacamos apenas duas: a primeira, a construção de uma réplica virtual do cérebro de Einstein, destinada a compreender as razões biológicas específicas que levaram a que ele enunciasse uma teoria tão complexa que ainda hoje se diz que se uma pessoa que pensa que percebeu a teoria da relatividade, concerteza está ainda na mais profunda ignorância acerca do assunto.

A segunda, um objecto interessantíssimo, o boneco de acção de Einstein. Vestido para intensa acção de sala de aulas, o boneco de Einstein segura um giz na mão, preparado para explicar a relatividade ou para combater as forças da entropia. Ideal para decoração do escritório, quarto ou sala de aulas, ostenta o realistico (des)penteado de Einstein! Pode não saber voar, respirar debaixo de água ou atirar teias de aranha pelos pulsos, mas é concerteza capaz de fundir o cérebro de qualquer um à primeira tentativa de explicação do Universo. Isso é que é ter poder!

Disponível em: ThinkGeek

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