29 novembro 2004

Congresso do PCP

gráfico do 17º Congresso do PCP

Terminou o congresso do Partido. Ao longo de três dias, 1300 delegados, em representação das suas organizações de base, analisaram os resultados do trabalho de preparação do congresso, quer no que diz respeito ao projecto de resolução política, quer em relação aos projecto de alteração aos estatutos. Fruto desse trabalho de meses, a resolução política, que foi entretanto votada e aprovada por esmagadora maioria, tendo sido consideradas as várias centenas de propostas de alteração enviadas pelas organizações, constituiu-se agora no documento que orientará a acção política dos comunistas portugueses.

O novo Comité Central, eleito com 95% dos votos dos delegados numa votação feita por voto secreto, votação esta imposta por uma lei dos partidos completamente anti-democrática e que constitui uma inadmissível ingerência na vida interna dos partidos políticos, dirigirá agora o Partido, tendo já realizado os seus primeiros actos enquanto Órgão de Direcção: a eleição do novo Secretário Geral, da Comissão Política do Comité Central, do Secretariado do Comité Central e da Comissão Central de Controlo. A votação para futuro Secretário Geral do PCP aprovou, com 4 abstenções, a eleição de Jerónimo de Sousa.

O ambiente que se respirava no Pavilhão Municipal dos Desportos «Cidade de Almada», no fim do Congresso, dizia bem da forma como decorreram os trabalhos, numa atmosfera de alegria, camaradagem, e, acima de tudo, de unidade. Em nenhum momento os delegados presentes se distraíram das suas responsabilidades, muito embora a comunicação social presente tentasse de tudo para acender um rastilho, fosse ele qual fosse. A sensação que deu foi que por mais que se tentasse encontrar focos de instabilidade, os comunistas estavam MESMO bem organizados, esclarecidos e unidos em torno do ideal e do seu Partido.

As opiniões divergentes foram escutadas e respeitadas, mesmo quando apenas se tratavam de opiniões pessoais, ao contrário do que foi tentado fazer transparecer nos media. Não podia ser de outra maneira, dado que esta é a natureza democrática do PCP, o centralismo democrático, o respeito pela opinião de cada um e da maioria.

Jerónimo de Sousa, Operário metalúrgico. 57 anos de idade.

A mensagem do novo Secretário Geral, Jerónimo de Sousa, no final do Congresso, é um apelo à mobilização, ao cerrar fileiras, ao esclarecimento dos militantes e do povo português e ao aumento da dinâmica do funcionamento do Partido. Obter a confiança do povo para com ele lutar por uma vida melhor, para Portugal, para os portugueses, e, no âmbito da solidariedade internacionalista, para o mundo.

Para os comunistas que estiveram presentes nestes três dias, o sorriso na cara e o peito cheio de emoção e energia são o sinal mais que suficiente do sucesso deste grande e histórico Congresso, doa a quem doer.

Todos os dias contigo!

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