Em 25 de Outubro de 1917, na Rússia, (7 de Novembro em Portugal, dada a diferença entre o calendário russo e o nosso), um golpe revolucionário liderado por Lénine derrubou o governo liberal que tinha sucedido ao regime dos Czares. Essa data tem um significado histórico em todo o mundo, dado que foi o início da experiência socialista, depois de milénios de opressão do povo por déspotas, monarcas, papas e senhores feudais.
Combatida ferozmente pelos países capitalistas de então (e de hoje), a Revolução Bolchevique triunfou, levando a Rússia do estado feudal (era um dos países mais atrasados da Europa, encontrando-se ainda com uma organização social próxima do feudalismo, tendo-lhe passado ao lado a Revolução Industrial do séc. XIX), até à conquista do Espaço, em menos de 50 anos. Só por si, esta transformação deste gigantesco país, que se estende do Báltico ao Pacífico, significa uma experiência de grande valor histórico, pois este desenvolvimento não se ficou a dever a uma economia de mercado ou sequer à «dinâmica do lucro» dos interesses privados, mas sim a uma ideologia centrada no Homem e nos valores fundamentais da sua vida: Paz, Pão, Educação, Saúde e Habitação.
A tentativa de denegrir os grandes progressos sociais alcançados na União Soviética, apesar de sabermos dos grandes problemas que levaram posteriormente ao fim dessa experiência, só pode ser justificada pela inequívoca vontade de apagar da História o facto de que o Povo pode escolher uma outra via de desenvolvimento, e que o capitalismo não representa o «fim da história». A seguir ao fim do capitalismo, que como qualquer pessoa pode observar, se debate com uma enorme crise, acreditamos que será o exemplo estabelecido em 1917 por Lenine e a ideologia fundada no séc. XIX por Marx e Engels que serão novamente o farol de uma nova sociedade, sem opressão nem exploração do Homem pelo Homem.
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